Cada época tem os seus padrões de beleza. Por mais que a beleza seja, em si, algo multiforme e divino, cada época escolheu impor padrões sobre o que deve ser considerado belo ou não. Os gregos em suas esculturas impunham padrões de beleza ao corpo humano, o clero católico impunha padrões sobre que pensamento poderia ser considerado belo, a sociedade industrial do século XIX, por exemplo, via a beleza em largas chaminés soltando mares de "fumaça do progresso" sobre as cidades.
Então nada mais natural do que termos, em cada época, seus padrões. Mas se assim o fosse, esse site não precisaria existir, afinal, no mundo hoje temos padrões assim como todas as épocas tiveram seus padrões. Entretanto, é da contextação dos padrões que podem surgir novos olhares melhores e mais completos, é quebrado paradigmas que a ciência dá saltos de evolução.
E, segundo a opinião dos autores deste site, por mais que os últimos anos (ou décadas) tenham tido avanços em diversos campos de forma fantástica, muito se perdeu sobre o conceito de beleza ... parece que cada vez mais se perde uma beleza real, uma beleza intrínseca ao ser. Basta sair pelas ruas e perguntas quantas mulheres se acham belas? Diante das mais belas você verá dor e angústia por se sentirem feias. Pergunte a alguém que tenha várias casas pelo mundo, qual a casa mais bela na sua opinião, raramente alguém responderá que é a sua própria. Pergunte a um brasileiro onde estão as praias mais belas do mundo, e muitos falarão de outros países, como Grécia, Espanha, França, ou citarão as praias de malibu ou califórnia nos States. Mas pergunte a um americano e ele responderá que são as brasileiras.
Mulheres que têm vergonha de ser mulher (odeiam o fato de menstruarem, temem até a morte a gravidez, queriam ser musculosas como um homem ou então, simplesmente, perfeririam ser uma boneca, ser a mulher silicone ao invés de perceber a maravilhosa beleza de seu corpo feminino) Homens que tem vergonha de serem homens, crianças que só vêem beleza em ser adultos e adultos que acham que toda a beleza que existe está nas crianças.
A beleza, segundo as propagandas, segundo o senso comum, está na futilidade. É a "modelo burra" é o "celular da moda" que não tem recurso nenhum a mais do que o do ano passado, mas este é o belo deste ano, e logo será o feio de amanhã. Roupas completamente esdrúxulas entram na moda hoje e todos acham lindas, de uma hora pra outra todos "recuperam suas conciências" e percebem como são ultrapassadas ... e assim a moda vai em ciclos, e os guarda-roupas renovados, o dinheiro roda, e o homem trabalha incessantemente para conseguir suprir seu desejo por belezas ... ou então, sucumbe a uma infelicidade mórbida por não ter o que a mídia disse que é belo.
Vivemos uma sociedade que é baseada na infelicidade das pessoas. Se trabalha mais, pra se ganhar mais, pra se gastar mais, pra se ter mais coisas, pra dar mais dinheiro pras companhias, que fazem mais propaganda, dizemos que o que temos não é mais belo e que a beleza está em outro lugar, o que nos faz trabalhar mais, pra granhar mais dinheiro, pra se poder gastar mais, etc. etc.
E a beleza real? Onde está ela fora da TV?
O que leva uma personagem de jogo de vídeo-game ser símbolo sexual dos meninos, deixando de lado as meninas reais?
O que leva os garotos quererem comprar revistas mostrando "mulheres" nuas, das quais eles sabem que nem 10% são reais, pq após silicone, maquiagem, photoshop, o que é que sobrou da verdadeira mulher que criou aquela "escultura padronizada"?
O que leva as mulheres a serem infelizes com sua aparência?
O que leva homens buscarem mulheres impossíveis?
O que leva as pessoas não se valorizarem?
Questionamentos dispersos como esses, levaram a criança do site que aqui se encontra.
Se por qualquer motivo você tem questionamentos como esses e quer compartilhar conosco, fique a vontade de nos enviar um e-mail para:
Leandro Villela de Azevedo - professorleandrovillela@gmail.com
Vanessa Martins de Lima - que_legal@hotmail.com
